Entre
os dias 21 e 28 de julho do corrente ano, as paróquias de Vila Nova de São
Bento, Vila Verde de Ficalho, Sobral da Adiça e a Comunidade de A-do-Pinto
viveram momentos que jamais esquecerão durante a sua peregrinação à Polónia.
A
guia, sendo polaca, falava corretamente português e revelou não só conhecer bem
a história do seu país, como também muito da história de Portugal.
Tudo
fora planeado ao pormenor pelo senhor padre Francisco. Cada peregrino recebeu
não apenas os textos da liturgia diária e os cânticos (celebrámos eucaristia
todos os dias, sempre em lindas igrejas), as biografias dos Santos polacos: São
João Paulo II, Santa Faustina, Santo Estanislau, São Maximiliano Maria Kolbe,
santa Edith Stain, muito bem documentadas e ainda uma pormenorizada referência
às aparições de Fátima e a sua ligação a São João Paulo II.
Chegamos
ao Aeroporto de Varsóvia por volta das 13.30h e começamos as nossas visitas o
primeiro lugar for mesmo um palácio medieval com o nome de Palácio Vila Nova.
O
“passarinho cantava” às 6.30 da manhã, tomando o pequeno almoço entravamos no
autocarro e iniciávamos o dia com a oração de laudes e a canção do peregrino.
Em Varsóvia tirámos a fotografia de grupo junto ao monumento dedicado ao
compositor polaco Frederic Chopin. Visitámos a terra de São Maximiliano, o
santuário dedicado à Imaculada Conceição, onde celebramos Eucaristia numa
capela construída por São Maximiliano e os seus confrades, aí visitamos a sua
cela onde dormia e um museu dedicado à sua vida.
Fizemos
visita panorâmica pela cidade, onde fomos ao Guetto de Varsóvia, Bairro onde
viviam os judeus polacos e que foi completamente destruído pelos Nazis.
Estivemos no centro histórico com a sua bela praça e as muitas e belas igrejas
e passeamos pelas margens do Rio Vístula.
Estivemos
em Czestochowa onde se encontra a maior estátua de São João Paulo II, visitamos
e rezamos no Santuário de Jasna Gora, onde se encontra o altar com o Ícone de
Nossa Senhora de Czestochowa, onde o Papa São João Paulo II tanto peregrinou e
rezou.
Em
Cracóvia percorremos as Minas de Sal, em Zakopane encontrámos o Santuário
dedicado a Nossa Senhora de Fátima e que foi sagrado pelo Papa São João Paulo
II, Santuário erguido com forma de agradecimento do Papa ter sobrevivido ao
atentado de 13 de maio de 1981, por intercessão da Virgem de Fátima. No passeio
pelo rio Dunajec Gorge, apesar da chuva, e provavelmente por causa disso, não
faltou a boa disposição.
Em
Wadovice terra natal de São João Paulo II, recordamos de um modo especial a sua
vida, vistamos a casa, transformada em museu, estivemos no quarto onde o Santo
Padre nasceu e viveu, mesmo ao lado da igreja onde foi Batizado, onde
celebramos Eucaristia, numa capela lateral onde se encontram as relíquias de
São padre Pio. Uma das capelas laterais e dedicada a São João Paulo II, onde se
encontra a sua relíquia, um pouco do sangue do Santo Padre e junto a ela uma
imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Visitamos
e rezamos no Santuário da Divina Misericórdia, recordamos a vida de Santa
Faustina, rezamos diante das suas relíquias, descobrimos ou redescobrimos a oração
do Terço da Misericórdia.
Fomos
a colina de Wawel, Catedral de Cracóvia onde São João Paulo II foi Arcebispo de
Cracóvia, visitamos a universidade onde ele foi professor, os lugares mais
emblemáticos da cidade, as suas belas praças o seu mercado medieval, a
magnífica igreja de Santa Maria, com o seu belíssimo altar mor.
Com
muita angústia percorremos o campo de concentração de Auschwitz, onde rezamos
por todos aqueles que ali perderam a sua vida, mas também pelas vítimas das
guerras dos nossos dias. Nesto local visitamos também o cela onde morreu São
Maximiliano Maria Kolbe e depois fomos ao campo de Auschwitz-Birkenau, o maior
dos campos de concentração, onde perdeu a vida Santa Edith Stain.
Já
no final da nossa peregrinação visitamos em Varsóvia a igreja onde foi Pároco o
Padre Popiełuszko, proclamado Beato pelo
Papa Bento XVI em 2010, um dos grandes símbolos da resistência ao domínio
soviético, de um modo especial através das suas homilias patrióticas nos seus sermões,
falou muito sobre a liberdade
Desde fevereiro de 1982, assumiu a celebração de missas pela
Polónia. Elas eram celebradas regularmente no último domingo do mês, e logo
começou a reunir multidões de fiéis. Ouviam-no os trabalhadores e professores,
opositores e até mesmo aqueles pertencentes ao partido da oposição. Em setembro de 1983,
junto com Lech Walesa organizou a primeira peregrinação de trabalhadores para
Jasna Góra para o santuário de Częstochowa.
Em 19 de outubro de 1984, o Pe. Popiełuszko foi para Bydgoszcz,
onde na Igreja dos Santos Mártires Polacos celebrou a Santa Missa. As suas
últimas palavras foram: "Rezemos para que fiquemos livres do medo e da
intimidação, mas principalmente do desejo de vingança e violência." No
caminho de volta, à noite, o carro do padre foi parado na estrada por uma
patrulha “policial”, foi
morto pelo regime soviético sendo um dos mais recentes mártires da igreja
polaca.
A
disciplina de grupo, bons hotéis e bons restaurantes, o ambiente de fé, o
companheirismo, o ambiente de sã convivência tornaram estes dias inesquecíveis,
para os que tiveram o privilégio de os viver.